A interdisciplinaridade surgiu no
final do século passado a partir da necessidade de justificar a fragmentação
causada por uma epistemologia de cunho positivista.
Segundo Piaget, a
interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade,
etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas
alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas.
Para Hernández
(1998, p.12) “procura-se transgredir a visão de currículo escolar centrada nas
disciplinas, entendidas como fragmentos empacotados em compartimentos fechados,
que oferecem ao aluno algumas formas de conhecimento que pouco têm a ver com os problemas dos saberes fora da Escola,
que estão afastados das demandas que diferentes setores sociais propõem à
instituição escolar e que têm a função, sobretudo, de manter formas de controle
e de poder sindical por parte daqueles que se concebem antes como especialistas
do que como educadores.”
Diante disso, é importante considerar o fato de que
há, em alguns ambientes escolares, situações em que os alunos não compartilham
idéias, têm dificuldades de demonstrarem opiniões e explicitarem conflitos, que
são práticas inerentes ao processo de
construção do conhecimento. Cabe, então, ao professor propiciar atividades em
que seja privilegiado o fazer coletivo, sem, contudo, eliminar momentos de trabalho
individual dos alunos, fazendo com que este seja sujeito de sua aprendizagem.
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressões e Mudança na
Educação. Porto Alegre, Artemed, 1998.
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